segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ELÊUSIS




Mantéia, Mantéia, Mantéia...
A Música do Templo me embriaga
com este canto delicioso...
e esta dança sagrada.

E dançam as exóticas sacerdotisas
com impetuoso frenesi de fogo
repartindo luz e sorrisos,
naquele rincão do céu.

Mantéia, Mantéia, Mantéia,
e a serpente de fogo,
entre mármores augustos,
és a princesa da púrpura sagrada,
és a Virgem do muros vetustos.

És Hadit, a serpente alada,
esculpida nas velhas calçadas de granito,
como uma Deusa terrível e adorada,
como um gênio de antigos monólitos,
no corpo dos deuses enroscada.

E vi em noites festivas,
Princesas deliciosas em seus leitos,
e a musa do silêncio sorria nos altares
entre os perfumes e as sedas.

Mantéia, Mantéia, Mantéia,
Gritavam as Vestais
Cheias de louco frenesi divino,
e silenciosos as miravam os deuses imortais
sobos pórticos alabastrinos.

Beija−me, amor, beija−me, que te amo...
e um sussurro de palavras deliciosas...
estremeciam o Sagrado Arcano...
entre a música e as rosas
daquele santuário sagrado.

Bailai, exóticas dançarinas de Elêusis
entre o tilintar de vossas campainhas,
Madalenas de uma via−crúcis
Sacerdotisas divinas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário