quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

REVOLUÇÃO DE BELZEBU



Canta, ó Deusa da Sabedoria, a majestade do fogo!

Levantemos nossas taças e brindemos pela Hierarquia das Chamas...

Escancaremos nossas ânforas de ouro e bebamos o vinho da luz até embriagar−nos...

Ó Demóstenes! Quão rápidos foram teus pés em Queronéia...

Mesmer, Cagliostro, Agripa, Raimundo Lulle, a todos conheci, a todos vi, e os chamaram loucos.

De onde tirastes vossa Sabedoria? Por que a morte selou vossos lábios? Que se fizeram de vossos conhecimentos?

Beberei o vinho da sabedoria esta noite, no cálice de vossos augustos crânios e num gesto de rebeldia onipotente me rebelarei contra a antiga dificuldade.
Romperei todas as cadeias do mundo e me declararei imortal, mesmo que me declarem louco...

Empunharei a espada de Dâmocles e farei ruir o inoportuno hóspede...

Porém, não poderás contra mim, muda caveira, porque sou Eterno...

Cristo Ígneo, Cristo ardente, levanto meu cálice e brindo pelos Deuses, e Tu, batiza−me com fogo...

De onde surgiu esta enorme criação?

De onde surgiram estas imensas massas planetárias que, como monstros milenares, parecem sair das fauces do Abismo, para cair noutro mais terrível e espantoso que o primeiro?

Levanto meus olhos ao alto e sobre a cabeça ígnea do maior de todos os sacrificados leio esta palavra: INRI. IGNIS NATURA RENOVATUR INTEGRAM (O Fogo Renova Incessantemente toda a Natureza).

Sim, amados discípulos, tudo no Universo não é senão granulações do FOHAT.

Ó Hierarquias do Fogo! Ó Hierarquias das Chamas!

Rosas ardentes, ardentes... Serpentes ígneas... Silvai... Silvai eternamente sobre as águas da vida, para que surjam os mundos... Silvai, silvai, silvai eternamente, com o silvo do Fohat, Santas Chamas... Bendito seja o FIAT luminoso, o Fiat espermático do eterno Deus vivente que pôs em existência o universo.

Divino fogo, tu és o lume divinal de todas as existências infinitas e quando a chama subterrânea devorar a forma e queimar os fundamentos do mundo, tu serás como eras antes, sem sofrer mudança alguma. Ó fogo divino e eternal!

“O Fohat fecunda a matéria caótica e surgem os mundos da existência. Tudo o que tem sido, o que é e o que será, é filho do fogo...”

O fogo do Espírito Santo é a chama de Horeb... O Fohat vive em nossos testículos. É só questão de colocá−los em atividade por meio da Magia Sexual para converter−nos em Deuses, em Devas, em Seres divinos e inefáveis. O fogo da castidade é o fogo de Pentecostes, é o fogo da Kundalini... É o fogo que Prometeu roubou do céu... É a chama sagrada do templo que as Vestais acendem... É a chama de tríplice incandescência, é o
carro de fogo com que Eliseu subiu ao céu...

Nos tempos do antigo Egito, o neófito que aspirava ser um alquimista, para despertar o fogo divino, deveria casar−se com uma mulher madura, porém se o fazia com uma mulher jovem, havia de demorar alguns meses antes de efetuar a conexão sexual. Entre as condições matrimoniais estava a obediência à sua mulher, a quem o alquimista se sujeitava com muito prazer...

“Introduzir o membro viril na vagina e retirá−lo sem derramar o sêmen, esta é a velha fórmula dos antigos alquimistas. Com ela desperta−se a serpente ígnea e conseguimos a união com o Íntimo, o Real Ser, aquele Ruach Elohim que segundo Moisés trabalhava as águas no princípio do mundo. Então nos convertemos em Rei−Sol, em Mago Triunfador da Serpente...”

Fazemo−nos Deuses onipotentes e com a espada de Dâmocles derrotamos a morte... A natureza inteira se dobrará ante nós e as tempestades servirão de almofada a nossos pés.
Fohat é o Elixir da Longa Vida e com este elixir poderemos conservar o corpo através de milhões de anos... A mulher é a Vestal do Templo... A mulher acende a Chama... de nosso arquivo sonoro, o qual vibra nos espaços cósmicos com essa tremenda e inefável alegria dos extensos céus de Urânia...

Mulher, eu te amo...
há muitas noites
que choro muito... muito...
e ao fim da jornada escuto teus cantares,
e vibram de amor os sonolentos astros,
e beijam−se as musas celestiais com teus cantos...
És um livro selado com sete selos.
Não sei se és dita ou veneno.
Estou à borda de um Abismo que não entendo,
sinto medo de ti e de teu mistério.
Mulher, eu te adoro...
Quero beber licor de Mandrágoras,
quero beijar teus seios,
quero sentir o canto de tuas palavras
e acender meus fogos.
Mulher, não podes me esquecer,
disseste que me amavas,
juraste−me teu carinho,
em noites adoradas...
em noites de idílio
em noites perfumadas
de cantos e de ninhos...
Antiga sacerdotisa, acende meu pavio,
acende minha chama de tríplice incandescência,
núbil Vestal do templo divino...
entrega−me os frutos da ciência...
Por Samael Aun Weor